5. Esclerose Múltipla
Esta é uma doença autoimune que afeta a bainha de mielina dos neurônios, prejudicando a condução dos impulsos nervosos. Os sintomas podem incluir fadiga, fraqueza muscular, perda de memória e dormência nas mãos e outras partes do corpo. A esclerose múltipla acomete, em geral, adultos jovens, especialmente mulheres, e exige acompanhamento neurológico contínuo.
6. Medicamentos e Substâncias Tóxicas
Certos remédios, como antidepressivos, antibióticos da classe das quinolonas e quimioterápicos, podem causar neuropatia periférica. O alcoolismo também é um fator de risco importante, seja por deficiência nutricional ou por efeito tóxico direto do álcool nos nervos. A recuperação pode ser parcial ou total, dependendo do tempo de uso e da lesão causada.
7. Má Postura ou Compressão Temporária
Dormir sobre o braço ou manter uma posição inadequada por muito tempo pode causar compressão de nervos ou vasos sanguíneos, levando a dormência temporária. Quando se muda de posição ou movimenta o braço, o sintoma tende a desaparecer. Contudo, problemas crônicos na coluna, como hérnias cervicais, podem causar compressões persistentes que afetam os nervos que descem até as mãos.
8. Hanseníase
Doença infecciosa crônica que ainda é comum em algumas regiões, a hanseníase provoca manchas na pele com alteração de sensibilidade. Ela atinge nervos periféricos, podendo causar dormência persistente nas mãos e nos pés. O diagnóstico precoce é fundamental, pois a hanseníase tem tratamento com antibióticos e pode ser curada.
9. Diabetes Mellitus
A diabetes, quando não controlada, danifica os nervos — uma condição chamada neuropatia diabética. O sintoma geralmente começa nos pés e sobe em padrão de bota, alcançando as mãos em padrão de luva. Isso afeta quase metade das pessoas com diabetes e, se não tratado, pode levar a complicações graves, como feridas e amputações.
10. Síndrome do Túnel do Carpo
Essa é a causa mais comum de dormência nas mãos. Ocorre quando o nervo mediano é comprimido na passagem estreita que atravessa o punho. Os sintomas típicos incluem dormência no polegar, indicador, dedo médio e metade do anelar. Os sintomas tendem a piorar à noite, quando o braço está imóvel e o pulso pode permanecer dobrado por muito tempo. O diagnóstico envolve avaliação clínica, ultrassom e eletroneuromiografia, e o tratamento pode variar entre fisioterapia, uso de talas, medicação e, em alguns casos, cirurgia.
Conclusão
A dormência nas mãos e dedos, embora comum, nunca deve ser ignorada. Pode indicar desde causas simples e benignas, como má postura, até condições graves como infarto, AVC ou doenças crônicas.